Panorama do Carbono
Existe atualmente uma grande expectativa no mercado brasileiro de carbono Com o Projeto de Lei 2148/15, em movimento para regulamentação do setor dese 2023, se de grande apreciação pelo Senado Federal, mas com outros diversos importantes avanços apontam para o amadurecimento e a consolidação do mercado brasileiro de carbono.
A reativação da Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD), realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e composta por Ministérios governamentais, entidades estaduais, representantes dos povos indígenas, instituições de Ensino Superior e de pesquisa, sociedade civil e setor privado. A CONAREDD tem um papel de excelentizar no desenrolar da regulamentação do mercado de carbono.
Outro avanço significativo em 2023 foi a aprovação da nova lei de Concessões Florestais, por meio da Medida Provisória nº 1.151/2022, sancionada em maio de 2023, que passou a permitir que os contratos de concessões de florestas públicas tenham cláusulas que fomentem a geração de créditos de carbono.
CarbonCast – Os questionamentos e os avanços da integridade no mercado de carbono
Neste episódio do CarbonCast, a conversa é com Carla Zorzanelli, coordenadora da Aliança Brasil NBS, uma associação sem fins lucrativos que promove o combate ao desmatamento e a degradação ambiental por meio do fortalecimento das soluções baseadas na natureza e do mercado de créditos de carbono. A especialista faz um balanço de 2023 e fala sobre as expectativas para 2024. Segundo ela, a palavra-chave foi e deve continuar sendo a integridade do mercado, abalada por questionamentos e também por avanços que tendem a aumentar em 2024.
Governo do Espírito Santo realiza sondagem de mercado para impulsionar soluções sustentáveis
O Governo do Espírito Santo assumiu o compromisso de contribuir para o esforço global de alcançar a meta de Net Zero até 2050. Ou seja, reduzir as emissões de Gases de Efeito Estuda (GEE) e aumentar ações de absorção e/ou captura de carbono buscando um saldo total zero de emissões de GEE.
O compromisso do Estado do Espírito Santo em contribuir para a meta global de Net Zero até 2050 levou à realização de uma Sondagem de Mercado voltada para mapear soluções destinadas ao mercado de carbono e outros ativos resultantes da implementação de Soluções Baseadas na Natureza (SbN).
A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), por meio da Subsecretaria de Fomento a Negócios Sustentáveis e Investimento de Impacto (SUBFNS), liderou essa iniciativa. A sondagem teve como objetivo buscar instituições privadas especializadas e com alta qualificação técnica, que sigam metodologias e critérios internacionalmente reconhecidos de certificação, interessadas em desenvolver projetos de carbono ou Soluções Baseadas na Natureza (SbN) no Estado.
Fonte: Governo do Espírito Santo
O que esperar do mercado de carbono em 2024
por Carla Zorzanelli
O ano se inicia com grande expectativa sobre Projeto de Lei 2148/15, que começou a se movimentar pela regulamentação do setor no ano passado, será apreciado pelo Senado Federal, outros diversos importantes avanços apontam para o amadurecimento e a consolidação do mercado brasileiro de carbono.
Entre os progressos relevantes, podemos citar a reativação da Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD), realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e composta por Ministérios governamentais, entidades estaduais, representantes dos povos indígenas, instituições de Ensino Superior ou de pesquisa, sociedade civil e setor privado. A CONAREDD será um órgão importantíssimo no desenrolar da regulamentação do mercado de carbono.
Entenda o que são e como funcionam os créditos de carbono
por Guilherme Naldis
Investir no mercado de carbono pode ajudar a garantir o futuro do planeta
Diante dos esforços para reduzir as emissões de carbono e refrear o aquecimento global, algumas empresas passaram a, voluntariamente, reduzir seu impacto ambiental e, até mesmo, ajudar na restauração da natureza. Quando fazem isso, algumas toneladas de carbono deixam de ir para a atmosfera.
Esse “deixar de poluir” pode ser certificado por uma empresa terceira e independente que gerará um certificado. Esta certificação, conhecida como crédito de descarbonização, pode ser vendida para outras empresas e países que ainda enfrentam dificuldades para cumprir os acordos internacionais como o Tratado de Paris.
Até mesmo os investidores pessoas físicas podem entrar nesse mercado e contribuir com a preservação do planeta e o combate às mudanças climáticas. Bora entender como!
A partir dos diversos avanços, o que esperar do mercado de carbono em 2024?
por Carla Zorzanelli
O ano se inicia com grande expectativa no mercado brasileiro de carbono. Enquanto o Projeto de Lei 2148/15, que começou a se movimentar pela regulamentação do setor no ano passado, será apreciado pelo Senado Federal, outros diversos importantes avanços apontam para o amadurecimento e a consolidação do mercado brasileiro de carbono.
Entre os progressos relevantes, podemos citar a reativação da Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD), realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e composta por Ministérios governamentais, entidades estaduais, representantes dos povos indígenas, instituições de Ensino Superior ou de pesquisa, sociedade civil e setor privado. A CONAREDD será um órgão importantíssimo no desenrolar da regulamentação do mercado de carbono.
Outro avanço significativo em 2023 foi a aprovação da nova lei de Concessões Florestais, por meio da Medida Provisória nº 1.151/2022, sancionada em maio de 2023, que passou a permitir que os contratos de concessões de florestas públicas tenham cláusulas que fomentem a geração de créditos de carbono.
O bom cenário da redução de emissão de CO2
O bom cenário da redução de emissão de CO2
Estudo realizado pela associação Aliança Brasil NBS trouxe uma notícia animadora: projetos brasileiros com foco em redução ou remoção de carbono já conseguiram evitar a emissão de 31,8 milhões de toneladas de carbono equivalente na atmosfera. Considerando o período todo de vida dos projetos já verificados, o volume pode chegar a 192 milhões de toneladas de CO2e. A pesquisa ouviu 17 organizações associadas e associações do terceiro setor entre julho e setembro de 2024. A amostra considerou 50 projetos, sendo 58% em desenvolvimento, 10% validados e 32% com ao menos um monitoring report verificado. O levantamento revelou ainda que aproximadamente 2,7 milhões de hectares de florestas e matas nativas estão protegidos pelos projetos de carbono de ações do desmatamento, garimpo e fogo, entre outros.
“Em um mercado com dados escassos é fundamental conhecermos a contribuição do mercado voluntário de carbono no combate às mudanças climáticas e entendermos com mais profundidade o impacto para as realidades locais do País”, disse Carla Zorzanelli, coordenadora da Aliança Brasil NBS.
Mercado de carbono ainda é incipiente no país
por Domingos Zaparolli
Brasil tem potencial para receita de US$ 7,5 bi por ano em 2030 apenas com créditos obtidos por meios naturais.
O mercado voluntário de crédito carbono no Brasil ainda é incipiente, mas apresenta um grande potencial. Segundo a Aliança Brasil NBS, associação que reúne organizações que promovem iniciativas Nature-Based Solutions (NBS), os 50 principais projetos brasileiros de redução ou remoção de carbono já evitaram a emissão de 31,8 milhões de toneladas de carbono equivalente (CO2 e) na atmosfera. Levando em consideração o tempo de duração dos projetos, na casa dos 30 anos, o impacto total desses projetos pode atingir 192 milhões de toneladas de CO2 e evitados.
Cada tonelada evitada gera um crédito, comercializado livremente entre a desenvolvedora do projeto e interessados, geralmente empresas que buscam mitigar suas pegadas de carbono por convicção dos dirigentes ou exigência de stakeholders e consumidores.
“Nossa estimativa é que esses projetos tenham gerado uma receita de pouco mais de US$ 100 milhões em negócios com créditos de carbono”, afirma Janaina Dallan, presidente da Aliança Brasil e fundadora da Carbonext.
A estimativa leva em consideração que cerca de metade dos créditos gerados tenham sido comercializados por um preço médio um pouco superior a US$ 6 nos últimos anos. O valor, porém, não é preciso, uma vez que inúmeras negociações se dão em caráter particular. O preço considera os atributos socioambientais de cada projeto e a disposição de valorização destes atributos pelo comprador.
Um foco no social do carbono
por Gabriela Goulart
Os projetos de conservação e remoção de carbono geram benefícios ambientais visíveis e importantes, mas têm perdido a oportunidade de participar de um novo modelo de desenvolvimento e aumentar ainda mais a efetividade dos projetos com a participação e o protagonismo das comunidades do entorno.
De acordo com a Aliança Brasil NBS (2023), o Brasil tem o potencial de representar 15% das oportunidades globais em soluções baseadas na natureza (SBN) e isso pode ser materializado em projetos que reduzem ou removem carbono, os quais estão distribuídos em áreas públicas e áreas privadas.
Em visão de mercado, de acordo com a McKinsey & Company (2021), estima-se que o valor do mercado voluntário de carbono será de cerca de US$ 50 bilhões (mais conservador) a US$ 100 bilhões até 2030. O Brasil pode representar de 5% a 37,5% desse mercado.