por Redação
Incêndios em projetos de compensação de carbono e inconsistências em padrões do setor geraram críticas a este mercado nos últimos meses. Para coordenador do Instituto Democracia e Sustentabilidade, há margem para aperfeiçoamento, mas instrumento segue sendo importante.
Atividade sem padronização ou regulamentação internacional que seja vinculante para todos os praticantes, a geração e comercialização de créditos de carbono tem sofrido seguidos questionamentos nos últimos meses. O episódio mais recente envolveu um incêndio florestal que afetou um projeto de compensação no Canadá, jogando o carbono sequestrado pelas árvores de volta à atmosfera e gerando dúvidas sobre o que aconteceria com os créditos ali gerados.
Com as mudanças climáticas tornando os incêndios florestais mais constantes nas temporadas de seca (como se vê atualmente em várias partes do hemisfério norte e de forma dramática no Havaí), questionou-se nesse e em outros casos semelhantes se a geração de créditos de carbono a partir de árvores que a qualquer momento podem não estar mais de pé seria um modo seguro e eficiente de combater a crise do século.