Aliança Brasil NBS anuncia Julie Messias como diretora-executiva

A Aliança Brasil NBS, associação sem fins lucrativos que tem como propósito fortalecer as iniciativas brasileiras em Soluções Baseadas na Natureza (Nature Based Solutions – NBS), anuncia Julie Messias como sua nova diretora-executiva. Com uma trajetória consolidada tanto no setor público quanto no privado, Julie traz uma visão estratégica para ampliar a articulação e a representatividade da associação junto às instituições governamentais e outros setores para contribuir com a consolidação da agenda de carbono no Brasil.

Com passagens pela Secretaria do Meio Ambiente do Acre, pela Secretaria Nacional de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, e uma forte atuação junto ao setor privado em temas de financiamento climático, mercados de carbono e soluções ambientais inovadoras, Julie Messias chega para fortalecer a presença da Aliança junto às instituições governamentais e terceiro setor. Sua experiência na intermediação entre diferentes atores do mercado – governos, empresas, fundos de investimento, organizações multilaterais e desenvolvedores de projetos – será essencial para viabilizar a regulamentação e operacionalização do mercado de carbono no Brasil, especialmente após a sanção da Lei 15.042/24.

Julie Messias é especialista em governança ambiental e climática e já presidiu o Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal, o Comitê Diretivo para o Brasil do GCF Task Force (Governadores pelo Clima e Floresta) e a Câmara Técnica de Meio Ambiente no Consórcio da Amazônia Legal (CAL). É reconhecida pela atuação de forma transversal na agenda de REDD+, tendo acompanhado o primeiro projeto jurisdicional de pagamento por resultados, o Programa REM (REDD+ para Pioneiros) do Banco Alemão KfW, implementado no Estado do Acre. Já atuou na CONAREDD+ (Comissão Nacional do REDD+) em diferentes posições de representação e acompanhamento, ampliando o diálogo entre os diferentes setores.

Sua atuação no setor privado inclui o desenvolvimento de estratégias para a captação de recursos climáticos, a estruturação de instrumentos financeiros para carbono e biodiversidade, além da construção de parcerias com empresas e investidores interessados na agenda de soluções baseadas na natureza.

A nova diretora atua há mais de 10 anos nas Conferências das Partes da ONU. Coordenou o Pavilhão do Brasil na COP Clima 26, em Glasgow, quando foram estabelecidas as regras do Mercado Global de Carbono no acordo do livro das regras de Paris, tendo acompanhado ativamente as rodadas de negociação. Também coordenou o Pavilhão do Brasil na COP 27, em Sharm El Sheik. Na COP 16 de Biodiversidade, em Montreal, no Canadá, coordenou a delegação nacional. 

Atuou na parte técnica da Medida Provisória 1151/22, que resultou na Lei 14.590/23, que muda as regras da gestão de florestas públicas por concessão, para ampliar as possibilidades de exploração da área pelo concessionário, permitindo o comércio de crédito de carbono e a exploração da biodiversidade da unidade concedida, até então proibida.

A chegada de Julie à Aliança Brasil NBS reflete a necessidade de uma atuação mais robusta e integrada para a viabilidade de um ambiente regulatório que fortaleça negócios sustentáveis, garantindo integridade, transparência e atratividade ao mercado de créditos de carbono no país.

Julie Messias responderá ao Conselho Administrativo, formado pelas empresas associadas à Aliança Brasil NBS, e estará baseada em Brasília, onde representará a entidade nas discussões regulatórias e no diálogo com investidores e formuladores de políticas.

 

“Temos uma grande oportunidade de consolidar o mercado de carbono no Brasil com regras claras, segurança jurídica e credibilidade. A Aliança Brasil NBS tem um papel fundamental nessa construção. Espero contribuir para que o setor privado esteja cada vez mais engajado na agenda de soluções baseadas na natureza, garantindo que o Brasil lidere esse mercado com solidez e impacto positivo para a biodiversidade e as comunidades locais”, destaca.

 

A Aliança Brasil NBS reúne 20 organizações, entre desenvolvedoras de projetos, ONGs e organizações de impacto e integridade. Desde 2021, a entidade participa ativamente das discussões legislativas e regulatórias que culminaram na sanção da Lei 15.042/24, posicionando-se como referência na interlocução entre o mercado, o setor público e as instituições internacionais que fomentam o desenvolvimento sustentável no Brasil.

 


 

Sobre a Aliança Brasil NBS:

Fundada em 2021, a Aliança Brasil NBS é uma associação sem fins lucrativos que tem como propósito fortalecer as iniciativas brasileiras em Soluções Baseadas na Natureza (do inglês Nature-Based Solutions – NBS), que visam combater o desmatamento, restaurar florestas e implementar práticas sustentáveis por meio do mercado de créditos de carbono. A instituição representa as empresas desenvolvedoras de projetos de carbono responsáveis por mais de 70% dos créditos brasileiros emitidos desde o ano passado, relativos a NBS e AFOLU (Agriculture, Forestry and Other Land Use), além de organizações não-governamentais, investidores de impacto e empresas de integridade. A Aliança Brasil NBS surgiu da demanda das empresas de combate às mudanças climáticas por meio de soluções baseadas na natureza que atuam no Brasil por uma autoridade técnica, que pudesse trabalhar pelo nivelamento das práticas de mercado e em prol da agenda positiva do setor.

 


 

Mais informações:
Note! Assessoria de Comunicação
Adriane Fonseca
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Regulação do carbono beneficia mercado voluntário, dizem especialistas

por Eduardo Geraque

Apesar de dizer respeito principalmente ao chamado universo regulado dos créditos de carbono, ou seja, ligado a projetos de governo, a recém-sancionada Lei 15.042/2024 possui interfaces com o mercado voluntário. Feito entre entes privados, e já mais consolidado, esse mercado deverá ganhar um novo fôlego quando a lei for totalmente implementada – algo que deve demorar ainda alguns anos.

Especialistas no setor ouvidos pelo Valor afirmam que o mercado voluntário já está em uma nova fase, com projetos muito mais bem estruturados e com vários novos sistemas internacionais de regulação e certificação em operação. Os chamados créditos podres, que fizeram até o preço do carbono despencar nos últimos anos, deixaram inclusive de contaminar todo o processo e até a questão do preço já está mudando no dia a dia das negociações.

Fonte: Valor

 

 

 


 

Regulação do mercado de carbono ajuda, mas não é ‘bala de prata’ para descarbonização

por Naiara Bertão

O mercado regulado de carbono é um passo importante rumo à descarbonização da economia brasileira e ao cumprimento de metas nacionais de redução de emissões acordadas no Acordo de Paris. Porém, ele não é uma “bala de prata”, solução única para o Brasil atinja suas metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) acordadas no âmbito do Acordo de Paris. Mesmo assim, ele é uma peça importante em uma grande engrenagem de inciativas que, juntas, precisam rodar para que o país não apenas alcance o status de net zero – quando as emissões líquidas chegam a zero – mas também possa ser provedor de soluções para outros países seguirem pelo mesmo caminho. Foi esse o principal recado que representantes do setor público e privado, advogados e especialistas passaram durante o “Fórum Valor Mercado de Carbono no Brasil”, evento organizado pelo jornal Valor Econômico para discutir a nova lei, suas nuances, desafios e seu potencial.

Fonte: Valor

 

 

 


 

Modelo voluntário de mercado de carbono, criado há 20 anos, amadurece no Brasil

por Eduardo Geraque

O mercado voluntário de carbono, criado há 20 anos, “não pode ser considerado como uma bala de prata para resolver a crise climática que a humanidade se enfiou”. Em vez disso, “tem que ser visto como uma das ferramentas para reduzir as emissões de carbono”, afirma Adriana Kfouri, diretora do Projeto de Restauração na Mantiqueira da TNC Brasil. É a partir desse contexto, que a própria iniciativa estruturada pela ONG no interior do Sudeste brasileiro merece ser entendida.

Fonte: O Globo

 

 

 


 

Mercado de carbono avança na COP29, com aprovação de marco global para operacionalizar vendas de crédito

por Denis Kuck

Após anos de discussões, um tema crucial da agenda climática teve enorme avanço no mês que passou. Durante a COP29 foi decidido um marco global para operacionalizar o mercado de carbono no âmbito do Artigo 6 do Acordo de Paris. Enquanto os debates ocorriam em Baku, no Azerbaijão, um projeto de lei regulamentando a comercialização dos créditos de carbono no Brasil foi aprovado no Congresso. A previsão é de que cerca de 16% das emissões do país sejam abrangidas pelo novo sistema.

Indústria, governo e sociedade civil enxergam a regulação como uma oportunidade para agenda ambiental e econômica caminharem juntas — além de propiciar lucro para empresas que investem na descarbonização.

Fonte: O Globo

 

 

 


 

Regulação do mercado de carbono favorece união entre agendas ambiental e econômica

por Denis Kuck

Após anos de discussões, um tema crucial da agenda climática teve enorme avanço no mês que passou. Durante a COP29 foi decidido um marco global para operacionalizar o mercado de carbono no âmbito do artigo 6 do Acordo de Paris (2015). Enquanto os debates ocorriam em Baku, no Azerbaijão, um projeto de lei regulamentando a comercialização dos créditos de carbono no Brasil foi aprovado no Congresso. A previsão é que cerca de 16% das emissões do país sejam abrangidas pelo novo sistema.

Fonte: Valor

 

 

 


 

Mercado de carbono: especialistas avaliam a nova lei que cria teto para emissões no Brasil

por Luciana Dyniewicz

Após três anos de tentativas de aprovação no Congresso, o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil finalmente teve sua tramitação encerrada e, agora, aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, estabelece que empresas serão limitadas a emitir um certo volume de gases de efeito estufa. Se ultrapassarem o teto, terão de compensar comprando crédito de carbono.

Para especialistas, apesar do atraso, a aprovação do PL tem de ser comemorada. “É motivo de grande celebração depois de tanta tramitação. Na COP-29 (no Azerbaijão, na semana passada), a aprovação foi muito celebrada. Havia cansaço e ceticismo em relação ao tema.

 

Fonte: Estadão

 

 

 


 

Acordo da COP29 sobre mercado global pode estabilizar preços de créditos de carbono

por Pedro Lovisi

O mercado voluntário de carbono pode ganhar maturidade a partir da criação de um mercado formal que permita a países e empresas comprar créditos para compensar suas emissões. No início da COP29, em Baku (Azerbaijão), neste mês, diplomatas responsáveis pelas discussões climáticas de seus países entraram em acordo sobre questões travadas há cerca de dez anos.

Ainda há vários pontos a serem debatidos sobre o artigo que cria esse mecanismo no Acordo de Paris, mas, para quem acompanha esse mercado, é provável que uma decisão final ajude a diminuir as flutuações nos preços dos créditos de carbono.

 

Fonte: Folha de São Paulo

 

 

 


 

O PL do mercado de carbono explicado: pontas soltas e ‘coisas demais’

por Sérgio Teixeira Jr. e Thais Folego

Poderia ser melhor, mas não tínhamos mais como esperar. Essa foi, em essência, a avaliação geral sobre a passagem no Senado, na noite de ontem, do projeto que cria o mercado regulado de carbono no Brasil.

Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (13) o projeto de lei nº 182, de 2024, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Ele impõe limites aos grandes poluidores e institui um mecanismo de compensações entre as empresas sujeitas à regulação, atribuindo um preço ao carbono e, com isso, estimulando investimentos na descarbonização da economia.

 

Fonte: Capital Reset