Mercado de carbono ainda é incipiente no país

por Domingos Zaparolli

Brasil tem potencial para receita de US$ 7,5 bi por ano em 2030 apenas com créditos obtidos por meios naturais.

O mercado voluntário de crédito carbono no Brasil ainda é incipiente, mas apresenta um grande potencial. Segundo a Aliança Brasil NBS, associação que reúne organizações que promovem iniciativas Nature-Based Solutions (NBS), os 50 principais projetos brasileiros de redução ou remoção de carbono já evitaram a emissão de 31,8 milhões de toneladas de carbono equivalente (CO2 e) na atmosfera. Levando em consideração o tempo de duração dos projetos, na casa dos 30 anos, o impacto total desses projetos pode atingir 192 milhões de toneladas de CO2 e evitados.

Cada tonelada evitada gera um crédito, comercializado livremente entre a desenvolvedora do projeto e interessados, geralmente empresas que buscam mitigar suas pegadas de carbono por convicção dos dirigentes ou exigência de stakeholders e consumidores.

 

“Nossa estimativa é que esses projetos tenham gerado uma receita de pouco mais de US$ 100 milhões em negócios com créditos de carbono”, afirma Janaina Dallan, presidente da Aliança Brasil e fundadora da Carbonext.

 

A estimativa leva em consideração que cerca de metade dos créditos gerados tenham sido comercializados por um preço médio um pouco superior a US$ 6 nos últimos anos. O valor, porém, não é preciso, uma vez que inúmeras negociações se dão em caráter particular. O preço considera os atributos socioambientais de cada projeto e a disposição de valorização destes atributos pelo comprador.

Fonte: Valor Econômico

 

 

 


 

Um foco no social do carbono

por Gabriela Goulart

Os projetos de conservação e remoção de carbono geram benefícios ambientais visíveis e importantes, mas têm perdido a oportunidade de participar de um novo modelo de desenvolvimento e aumentar ainda mais a efetividade dos projetos com a participação e o protagonismo das comunidades do entorno.

De acordo com a Aliança Brasil NBS (2023), o Brasil tem o potencial de representar 15% das oportunidades globais em soluções baseadas na natureza (SBN) e isso pode ser materializado em projetos que reduzem ou removem carbono, os quais estão distribuídos em áreas públicas e áreas privadas.

Em visão de mercado, de acordo com a McKinsey & Company (2021), estima-se que o valor do mercado voluntário de carbono será de cerca de US$ 50 bilhões (mais conservador) a US$ 100 bilhões até 2030. O Brasil pode representar de 5% a 37,5% desse mercado.

Fonte: Diário do Comércio

 

 

 


 

Os desafios sociais para a floresta em pé ou reflorestada

por Gabriela Goulart

Os projetos de conservação e remoção de carbono geram benefícios ambientais visíveis e importantes, mas têm perdido a oportunidade de participar de um novo modelo de desenvolvimento e aumentar ainda mais a efetividade dos projetos com a participação e o protagonismo das comunidades do entorno.

De acordo com a Aliança Brasil NBS (2023), o Brasil tem o potencial de representar 15% das oportunidades globais em soluções baseadas na natureza (SBN) e isso pode ser materializado em projetos que reduzem ou removem carbono, os quais estão distribuídos em áreas públicas e áreas privadas.

Em visão de mercado, de acordo com a McKinsey & Company (2021), estima-se que o valor do mercado voluntário de carbono será de cerca de US$ 50 bilhões (mais conservador) a US$ 100 bilhões até 2030. O Brasil pode representar de 5% a 37,5% desse mercado.

O carbono vinculado às SBN é uma promessa de alinhar a economia com a floresta em pé. E, de fato, mesmo com todas as críticas e revisões das metodologias e padrões do mercado voluntário, a contribuição de projetos que reduzem e removem carbono tem um efeito bastante significativo para a mitigação do impacto climático.

Fonte: T.I Inside

 

 

 


 

Mercado de carbono: empresas lançam iniciativas para recuperar confiança após crise de credibilidade

por Luciana Dyniewicz

Mercado voluntário sofre com descrença há quase um ano; preços estão estagnados

Com o mercado voluntário de crédito de carbono atravessando uma crise de credibilidade há quase um ano, ferramentas para aumentar a transparência e tentar retomar a confiança do investidor no setor se tornaram o foco das empresas e um dos grandes temas da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática (COP-28). As iniciativas que as companhias estão estudando e desenvolvendo vão desde plataforma digital para registrar projetos a “turismo do carbono”.

 

“Não é algo orquestrado. É natural que isso (o trabalho para reconstruir a credibilidade) aconteça após a expansão que aconteceu no setor e depois da ocorrência de projetos passíveis de crítica”, diz Luciano Corrêa da Fonseca, sócio da Carbonext, empresa brasileira que desenvolve projetos de carbono. “Está na hora de quem está envolvido no tema construir caminhos para o mercado”, acrescenta.

 

Os projetos a que Fonseca se refere ficaram conhecidos em janeiro, após o jornal inglês The Guardian, a revista alemã Die Zeit e a organização de jornalismo investigativo sem fins lucrativos SourceMaterial publicarem uma reportagem que mostrava que grande parte dos créditos de carbono reconhecidos pela Verra (a maior certificadora do mundo na área) não compensavam emissões como deveriam. A matéria se baseava em dois estudos que mostravam que, de 29 projetos aprovados pela Verra, apenas oito apresentavam evidências de redução significativa de desmatamento.

Fonte: Estadão

 

 

 


 

Mercado de carbono faz ofensiva na COP28 para reverter crise

por Sérgio Teixeira Jr.*

Acossados por denúncias de falta de integridade e fraudes, participantes anunciam iniciativas de um sistema ‘imperfeito, mas que já existe’.

DUBAI – “Desafiador” é a descrição mais ouvida sobre o ano que passou, mas para o mercado voluntário de créditos de carbono 2023 foi um “annus horribilis” em todos os sentidos.

Na COP28, com o apoio da presidência da conferência, a indústria tenta mostrar que não só pode sobreviver à crise de credibilidade como sair fortalecida. O mercado voluntário é onde créditos de carbono gerados por desenvolvedores de projetos os vendem a empresas que querem compensar espontaneamente, e não por imposição regulatória, suas emissões de gases de efeito-estufa.

A reação a denúncias de fraudes, exageros e violações de direitos de populações vulneráveis já vinha acontecendo nos meses que antecederam a conferência do clima, e em Dubai o setor veio mostrar ao mundo uma espécie de contraofensiva.

Fonte: Capital Reset

 

 

 


 

Estados travam mercado de carbono na Câmara e já vendem créditos para estrangeiros

Serra do Lajeado, no Parque Estadual do Lajeado, em Palmas (TO) - Fernando Alves/Governo do Tocantins

por Pedro Lovisi*

A pressão de governadores para que estados possam desenvolver projetos de crédito de carbono no mercado voluntário em paralelo à iniciativa privada travou na Câmara a tramitação da proposta que pretende regular o mercado no Brasil.

Estados da Amazônia Legal querem que o projeto de lei autorize as unidades da federação a comercializar créditos de carbono gerados em todo o território estadual, inclusive em áreas privadas. Hoje, Tocantins e Acre já vendem créditos desse tipo.

O crédito, que equivale a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida na atmosfera, pode ser vendido pelo responsável pela redução, por exemplo, uma empresa ou a União.

O relator do projeto de lei na Câmara, o deputado Aliel Machado (PV-PR), resiste em ceder à pressão de governadores. Rascunho do relatório ao qual a Folha teve acesso diz que os estados têm o direito de desenvolver projetos apenas em áreas públicas, como em unidades de conservação.

Na semana passada, o Consórcio Amazônia Legal, que reúne os governadores da região, divulgou um manifesto criticando a atual versão do relatório -ainda não protocolado oficialmente.

Fonte: Folha de São Paulo

 

 

 


 

Dimensionamento do Mercado Voluntário de Carbono Brasileiro

Dimensionamento do Mercado Voluntário de Carbono Brasileiro

Este estudo, realizado com as organizações que compõem a Aliança Brasil NBS, visa apresentar um panorama do mercado voluntário e dos principais resultados de seus projetos, sejam eles registrados ou em desenvolvimento.