Colocar o agro no mercado de carbono seria uma grande vantagem para o setor

por Lucas Guaraldo*

“Colocar o agro no mercado de carbono regulado seria uma grande vantagem para o próprio setor porque preserva sua capacidade produtiva futura. Temos uma agricultura que é o carro-chefe da economia e que depende da chuva para irrigação. Essa chuva é estabilizada justamente pelas florestas, então quando o agronegócio se coloca fora da discussão desse mercado regular, a gente perde uma oportunidade enquanto país e eles enquanto setor”, defendeu André Guimarães, diretor executivo do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), durante audiência pública realizada pela Frente Parlamentar Mista da Transição Climática Justa que reuniu pesquisadores, economistas, diretores comerciais e representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Ministério Público.

Fonte: IPAM

 

 

 


 

Entenda o que são e como funcionam os créditos de carbono

por Guilherme Naldis

Diante dos esforços para reduzir as emissões de carbono e refrear o aquecimento global, algumas empresas passaram a, voluntariamente, reduzir seu impacto ambiental e, até mesmo, ajudar na restauração da natureza. Quando fazem isso, algumas toneladas de carbono deixam de ir para a atmosfera.

Esse “deixar de poluir” pode ser certificado por uma empresa terceira e independente que gerará um certificado. Esta certificação, conhecida como crédito de descarbonização, pode ser vendida para outras empresas e países que ainda enfrentam dificuldades para cumprir os acordos internacionais como o Tratado de Paris.

Até mesmo os investidores pessoas físicas podem entrar nesse mercado e contribuir com a preservação do planeta e o combate às mudanças climáticas. Bora entender como!

Fonte: [B3] Bora Investir

 

 

 


 

Participantes questionaram a ausência do agro no mercado de CO2 e governança prevista no PL

Audiência pública na Câmara dos Deputados durou cerca de 3h30 e teve presença em massa de representantes do mercado

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados realizou audiência pública, nesta segunda-feira (20/11), sobre o mercado voluntário de carbono no Brasil. A sessão de aproximadamente três horas e meia reuniu representantes do governo e do mercado. Um dos pontos de convergência entre os presentes foi de que a aprovação de um arcabouço legal antes da COP28 dá vantagens estratégicas e geopolíticas ao Brasil nos fóruns internacionais.

Outro ponto citado por alguns dos participantes é relacionado ao agronegócio. “O agro, na minha opinião, está de bobeira. Poderia estar entrando nesse mercado”, disse André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Segundo ele, o mais importante é que, com isso, o país perde oportunidade, lembrando que 50% do desmatamento no Brasil está associado a atividades relacionadas ao agronegócio.

Fonte: CarbonReport